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terça-feira, maio 01, 2007


Esperança para doentes de Alzheimer

A doença de Alzheimer, provocada pela perda de memória, pode ser recuperada, ainda que parcialmente, segundo uma equipa do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Boston, Estados Unidos.


O estudo foi publicado na última edição da revista científica britânica "Nature", na qual se prevê melhorias para a doença neurodegenerativa que afecta a zona cerebral causando danos ao nível do esquecimento.


A doença de Alzheimer ou mal de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro caracterizada por uma perda das faculdades cognitivas superiores, manifestando-se inicialmente por alterações da memória episódica. Estes défices amnésicos agravam-se com a progressão da doença, e são posteriormente acompanhados por défices visuo-espaciais e de linguagem. O início da doença pode muitas vezes dar-se com simples alterações de personalidade, com ideação paranóide.


O grupo de investigadores analisou dois métodos para recuperar a memória perdida em ratos com sintomas semelhantes aos da doença de Alzheimer, optando pela estimulação mental através de medicamentos. Os ratos manipulados geneticamente para contrair os sintomas foram ensinados a desempenhar tarefas. Seis semanas depois de os sintomas da doença se terem manifestado, os ratos já não conseguiam completar as tarefas aprendidas, mas quando foram estimulados de uma forma mais intensa, com tarefas similares, começaram a lembrar-se.


Para além da estimulação da aprendizagem, foi ainda testado um medicamento designado HDAC, inibidor do desenvolvimento destes sintomas, muito similares aos do Alzheimer nos ratos. Os investigadores verificaram que os resultados eram muito semelhantes aos conseguidos com a estimulação mental.


Em declarações à BBC News, um dos investigadores da equipa, Li-Huei Tsai, afirma que "esta é a primeira vez que se prova que, mesmo após o cérebro sofrer uma neurodegeneração severa, ainda há possibilidade de travar a perda de memória e continuar o processo de aprendizagem"Acrescenta ainda que, talvez a experiência prove aquilo que a medicina já tinha avançado: “em certas doenças neurodegenerativas como o Alzheimer, as nossas memórias não se apagam mas ficam como que num limbo, inacessível por culpa da doença”.

Fonte:
www.publico.clix.pt
www.vikipedia.org