“A luta contra a precariedade laboral é uma luta de todos trabalhadores”

70 mil foi a estatística apresentada pelos dirigentes sindicais para o número de participantes nas comemorações do 1º de Maio, organizadas pela CGTP em Lisboa, um desfile que ligou o estádio universitário à alameda da Universidade.
Como divulga o Público, o secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, teceu duras críticas ao Governo de José Socrates, lembrando a promessa da campanha eleitoral da criação de 150 mil postos de trabalho até ao final da actual legislatura. Carvalho da Silva recordou as estatisticas: “Pela primeira vez, temos uma taxa de desemprego superior à média europeia” e “mais de 50 por cento são desempregados de longa duração e a maioria dos empregos criados são precários”.
Não esquecendo a reforma da Administração Pública e os funcionários sob ameaça de passarem ao quadro de excedentários, o secretário geral acusou ainda o Presidente da República, Cavaco Silva, de “hipócrisia” por ignorar os problemas do trabalho.
As comemorações do Dia do Trabalhador anunciam-se como uma preparação para a greve geral do dia 30. Afirmando que a “luta contra a precariedade laboral é uma luta de todos trabalhadores”, Carvalho da Silva esclareceu que o objectivo da greve é dar voz aos protestos e exigências do proletariado, no sentido de combater a exploração por parte do patronato.
“Ou os trabalhadores e os portugueses se mobilizam ou as políticas de agressão aos seus direitos e interesses se aprofundarão", concluiu o dirigente sindical.
(in http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1292668&idCanal=64)

Foto: Rui Gaudêncio (Público-arquivo)